Débora e Ana Lúcia representam mulheres em sala
Débora Ventura e Ana Lúcia Gonçalves não se intimidam em ser as únicas mulheres em uma sala predominantemente composta por homens. Na verdade, a rotina em sala de aula é a mesma no dia a dia profissional da auxiliar-técnica da Seleção Feminina Sub-17 e da técnica da equipe feminina da Ponte Preta, respectivamente. Para Débora, este panorama é ultrapassado e a partir da sala de aula que pode ser mudado.
– É muito importante a presença feminina nos cursos, porque é uma forma de mostrar que é acessível e possível participar. As portas estão abertas. Basta nós querermos encarar o desafio para conquistarmos espaço – disse Débora Ventura, auxiliar-técnica da Seleção Feminina Sub-17.
Ana Lúcia compartilhou a vivência, ao longo dos anos, nos cursos de qualificação pelos quais passou. Na sala de aula ela presenciou o mesmo padrão na rotina de trabalho: quase não há mulheres se especializando no futebol.
– Todos os cursos que eu fiz na busca por conhecimento, as salas de aula eram compostas somente por homens. Normalmente era eu e mais uma mulher presente nas aulas – falou Ana Lúcia Gonçalves, técnica da equipe feminina da Ponte Preta.
As inseguranças e o receio são alguns dos fatores que acabam afastando a presença feminina da modalidade. Elas já fizeram parte dos pensamentos da Débora e quase a fizeram desistir de alcançar seus objetivos. Mas, o apoio da família a fez acreditar que, com pensamento positivo e comprometimento, seria possível alcançá-los. Agora cursando o último módulo da Licença PRO, Débora Ventura será a primeira mulher no Brasil a receber o certificado de maior prestígio na qualificação de treinadores de futebol.
– Os meus pais foram meus principais apoiadores. Quando desacreditei em mim, eles reclamaram e disseram que se eu pensasse dessa maneira, ninguém iria me respeitar. Eu aproveito todo o tempo que eu tenho aqui para perguntar, sanar minhas curiosidades. Só penso em aprender para crescer na profissão – afirmou Débora.
Com esta conquista, Ana Lúcia espera que mais mulheres se inspirem em Débora para não deixarem de acreditar e seguir em frente na modalidade. Além de buscar o conhecimento, principalmente, dentro da sala de aula.
– Ainda são poucas as mulheres que trabalham no futebol e também na modalidade feminina. É importantíssimo ter alguém como a Débora conquistando o certificado da Licença PRO. Eu acredito que isto irá estimular e criar expectativa de outras mulheres para buscar as licenças da CBF Academy – completou.
fonte site cbf
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