Oposta do Vôlei Bauru defende esquema de pontuação para jogadores transexuais, com o objetivo de equilibrar as competições
CANSADA de "segurar a barra" por ser a primeira transexual a disputar a Superliga feminina de vôlei, a oposta Tifanny Abreu, do Vôlei Bauru, descartou a criação de uma liga exclusiva para trans, mas apontou o sistema de cotas como uma solução para evitar a exclusão de atletas que vivem na mesma situação que ela.
A ideia é adotar o mesmo esquema já utilizado com jogadores estrangeiros e olímpicos para equilibrar as competições. Funciona assim: cada atleta possui uma pontuação no ranking geral e os times precisam respeitar uma meta de pontos na hora de montar os seus elencos, evitando que reforcem as equipes de modo desigual.
"Nós temos cotas para jogadoras estrangeiras e por que não uma cota para jogadoras trans? Nós temos pontuação para uma jogadora olímpica e por que não uma pontuação para jogadoras trans? Se ela for boa o suficiente, vai ter a sua pontuação. Se ela não for boa, vai ter a sua cota", Tifanny.
Para Tifanny, ao invés de incluir, a proposta de criar uma liga apenas para transexuais acaba por excluir ainda mais os atletas desta condição do esporte.
– Não tem trans suficiente para jogar, não tem lésbica suficiente para jogar, não tem gay suficiente para jogar uma liga forte. Nós vivemos em uma comunidade com todos juntos, é a única forma de vivermos todos em paz.
Voz ativa
Diante da polêmica envolvendo torcedores e outros profissionais contrários à liberação da atleta, como a campeã olímpica Tandara, a oposta garante que não se abala e, se um dia precisar deixar o vôlei, vai continuar lutando pelos direitos dos transexuais.
fonte g1
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