quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

"ENTREVISTAS 2020"




A BASE ( CADA VEZ MAIS ) FORTE VALINHENSE
Ela é técnica da equipe que mais cresceu nos últimos anos no voleibol de base de nossa área de cobertura ( regiões de Campinas e Sorocaba ). Foi eleita pela equipe TYPE SPORTS, a melhor técnica da Temporada 2019 da Liga Regional de Voleibol de Campinas e a melhor técnica de categorias de base de nossa área de cobertura em 2019, graças aos resultados expressivos alcançados por suas comandadas em diferentes categorias de base do voleibol na Liga Regional.
Nossa entrevistada de hoje é Aline Pelegati, técnica do P.M Valinhos / Country Club, uma das equipes reveladoras do voleibol paulista e brasileiro.
》Valinhos terminou essa temporada com titulos e resultados expressivos nas categorias de base femininas da Liga Regional de Voleibol. Como você avalia essa temporada 2019 das equipes valinhenses ?
Foi uma temporada de bastante crescimento pra nós. Nosso quadro de professores aumentou, o nível técnico das equipes foi reforçado com as meninas da região, que vieram na seletiva pra integrar o time e tudo isso somado a muito trabalho produziu um resultado satisfatório e de muito orgulho pra nós.
》Aliás, Valinhos tem tradição nas categorias de base da Liga Regional. Já acumula dezenas de títulos ao longo dos últimos anos. A que você atribui essas conquistas ? Quais são os segredos desse sucesso ?
Sem dúvida, a presença da equipe adulta no Campeonato Paulista e na Superliga ajuda muito, pois é assim que o esporte ganha visibilidade na cidade e a procura e o interesse pela prática esportiva aumentam. Mas nada disso seria possível sem, em primeiro lugar, muito trabalho, empenho e dedicação de um conjunto de pessoas que vai desde a diretoria do projeto, passando pela comissão tecnica e chegando até as atletas e os pais. É uma comunidade de pessoas muito apaixonada pelo esporte fazendo seu melhor a cada dia pra produzirmos os melhores resultados possíveis.
》A cidade tem uma equipe profissional feminina, que disputa Campeonato Paulista e Superliga. Porém, sem o mesmo sucesso da base, vive entre a Superliga A e a Superliga B. O que na sua opinião pode ser feito para que a equipe adulta faça melhores campanhas e até brigue por títulos nessas competições ?
Infelizmente, em termos de investimento, a equipe de Valinhos ainda está muito abaixo das equipes "grandes", como o Sesc, Osasco, Praia Clube, etc. Apesar disso, continuamos na busca de patrocínios e melhorias e ainda sonhamos estar entre os melhores.
》Como você avalia a Aline jogadora?
Eu cresci jogando voleibol e nem consigo expressar em palavras o quanto isso me fez bem e ajudou a formar meu caráter. Dentro de quadra nunca fui aquela que resolvia o jogo, mas procurava ser sempre aquela que ajudava todo mundo da maneira que podia e com certeza sempre fui muito apaixonada e empenhada. Acho que isso contribuiu muito pra que eu resolvesse seguir carreira como técnica.
》O que é mais difícil, ser jogadora ou treinadora ?
Com certeza ser treinadora é mais difícil. O corpo está do lado de fora da quadra, mas o coração está sempre lá dentro. Enquanto estamos jogando, é fisicamente possível interferir no jogo. Como treinadora tudo que dá pra fazer é analisar, corrigir, refletir e tomar decisões. A cabeça fica a mil e a tensão é muito grande.
》Como é o estilo Aline de técnica ? Disciplinadora ? Mãezona ? Exigente ?
Expectativa: 80% exigente, 20% mãezona
Realidade: 80% mãezona, 20% exigente ( risos )
Brincadeiras à parte, eu procuro cobrar sem ser mandona, sem gritar e repreender. Converso muito com as meninas, especialmente com o grupo, porque acredito que é preciso ter muito de educadora no papel de técnica, especialmente com as categorias menores.
Algumas pessoas me dizem que preciso ser mais rígida, mas eu sempre acreditei que não é preciso gritar nem fazer show fora da quadra para se fazer entender. Acaba sendo um pouco mais trabalhoso, mas o resultado é mais duradouro. ( sic )
》Qual a sensação de revelar jogadoras que podem no futuro estar em Seleção Brasileira ou então desenvolver nelas cidadãs de bem ?
Eu sempre falo pra elas que, de um jeito ou de outro, elas sempre vão sair ganhando. Se forem atletas profissionais um dia, ótimo. Se não, vão ter um esporte pra amar e chamar de seu pro resto da vida ( risos ). Vão ser pessoas saudáveis e que em sua maioria aprenderam a conviver em grupo, respeitar as diferenças, trabalhar em conjunto por um bem maior, deixar as vaidades de lado, se expressar, se superar, aprender a passar por momentos bons e ruins, fazer amizades incríveis pro resto da vida, enfim. Não preciso nem falar o quanto sou fã do ambiente do esporte de competição, não é mesmo ? ( sic )
》O que o voleibol representa para você ?
O voleibol pra mim é muita coisa. Com ele eu aprendi muito do que sei hoje; através dele formei meu caráter. Como trabalho, foi ele que me permitiu ter tudo que tenho hoje. Sou muito grata por ter conhecido o esporte na minha vida.
》Que lições de vida você aprendeu com esse esporte ?
O esporte ensina muito. Eu aprendi que nada na vida vem sem esforço, aprendi que se você quiser ser reconhecido, precisa lutar e conquistar o seu espaço. Aprendi que as derrotas podem ser bem duras de vez em quando, mas que elas te dão força pra continuar sendo melhor. Aprendi que sem uma equipe que te dê suporte, você não chega a lugar nenhum.
O mais bonito é que o esporte é uma metáfora perfeita da vida. Isso tudo transgride os limites dos alambrados e as lições a gente leva pra vida toda.
》Qual foi seu primeiro contato com o esporte ? Foi no vôlei mesmo ? Quem te iniciou ? Como foi ? Onde foi ? Como foi ? Onde foi ?
Quando eu tinha por volta de 11 pra 12 anos, meu irmão era capitão da equipe de voleibol de Valinhos. Eu assistia aos jogos dele e ficava encantada. Achava todos os movimentos muito bonitos. Foi então que resolvi que queria aprender a jogar também.
Comecei nas escolinhas da prefeitura de Valinhos com a professora Ana Lúcia, depois, talvez mais graças à minha altura do que à minha habilidade, passei na peneira e comecei a treinar no time da cidade também, com o professor Luiz Fabiano até por volta de 18 anos. Depois, fui para a Faculdade de Educação Física da Unicamp, onde participei também de campeonatos universitários e continuei aprendendo muito. Hoje me decido só à função de técnica mesmo, mas ainda bato uma bolinha às vezes, quando dá saudade.
》Qual foi seu momento mais feliz no esporte ? O mais marcante ? O mais importante ?
Acho que meu momento mais feliz foi quando conquistei meu primeiro título à frente de uma equipe. Foi em 2016, com o sub15. Me lembro que aquele foi um ano difícil, pois assumi a equipe no meio do campeonato e com alguns problemas de relacionamento no grupo. Tive que ralar muito e no final deu tudo certo. Depois, vieram outros títulos, mas o primeiro a gente nunca esquece.
》O que podemos esperar das equipes de base do PM Valinhos / Country Club, para 2020 ?
Nossas equipes só têm crescido nos últimos anos. As meninas que saem das escolinhas municipais e primeira categoria de treinamento são lapidadas e as melhores se somam às que passam pela nossa seletiva anual, que sempre traz boas meninas da região e fortalece as equipes cada vez mais. A propósito, nossa próxima seletiva será agora, dia 11 de janeiro, no Ginásio Municipal Vereador Pedro Ezequiel da Silva. Sigam nossa página no face: Voleibol Valinhos Country - Categorias de Base, para mais informações.
Esperamos que seja um ano de muito trabalho e muitas conquistas.
Postagem : Claudio Cesar
Entrevista : Claudio Cesar
Foto : Divulgação pessoal
Edição : Evelyn Bastos
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fonte - face - Raissa de Oliveira

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